domingo, 24 de janeiro de 2016

NOVO PLANETA

Cientistas dizem ter evidências de
novo planeta gigante no Sistema Solar


Simulação de computador indica como seria o novo planeta, que teria dez vezes a massa da Terra

Desde o rebaixamento de Plutão, o Sistema Solar passara a ter não mais nove, mas oito planetas. No entanto, a suposta existência de um novo planeta gigante pode fazer com que o número de planetas volte a ser o que se pensava.

Em um estudo publicado no periódico Astronomical Journal, cientistas do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech, na sigla em inglês) dizem terem encontrado "evidências sólidas" de um nono planeta, com órbita estranhamente alongada para este tipo de corpo celeste, na periferia do Sistema Solar. Apelidado de "Planeta Nove", ele ainda não foi visto, ou seja, então não é possível ter certeza de sua existência.

Mas as pesquisas indicam que tem uma massa dez vezes superior à da Terra e orbita o Sol a uma distância média 20 vezes superior à de Netuno, que fica localizado, em média, a 4,48 bilhões de quilômetros do Sol e é considerado atualmente o mais longínquo do Sistema Solar.

Quanto à distância média da Terra em relação ao Sol, a distância do novo planeta seria 597 vezes superior. Por isso, esse aparente novo planeta levaria entre 10 mil e 20 mil anos terrestres para realizar uma única órbita completa em torno do Sol.

Os pesquisadores Konstantin Batygin e Mike Brown se depararam com as primeiras pistas do "Planeta Nove" em 2014 e, desde então, usaram modelos matemáticos e simulações de computadores para chegar às conclusões de sua pesquisa. No entanto, ainda não conseguiram observá-lo diretamente. Só dois planetas foram descobertos desde os tempos antigos. Este seria o terceiro", disse Brown, em comunicado da Caltech. "É uma porção significativa de nosso Sistema Solar que ainda precisa ser descoberta. É muito empolgante."

Domínio gravitacional

O cientista ressalta que o novo planeta tem 5 mil vezes a massa de Plutão e, por isso, seria suficientemente grande para que sua classificação como planeta seja indiscutível. Plutão deixou de ser considerado um planeta em 2006. Isso porque o próprio Brown descobriu o planeta anão Eris no ano anterior. Eris tem as mesmas características de Plutão, mas possui uma massa maior.

Um comissão foi então criada pela União Astronômica Internacional (UAI) para reavaliar a definição de planetas. A UAI precisou decidir se aceitaria Eris e outros pequenos mundos, como Ceres, como planetas ou se excluiria Plutão. Optou-se pela segunda alternativa.

Diferentemente de outros corpos celestes considerados planeta anão, o "Planeta Nove" domina gravitacionalmente sua vizinhança do Sistema Solar - ou seja, segundo as pesquisas da Caltech, sua órbita não é influenciada diretamente por outros planetas, como é o caso de Plutão, por exemplo.

Na verdade, esse domínio alcançaria uma região maior do que qualquer outro planeta conhecido. Por isso, Brown afirma que ele seria o planeta do Sistema Solar que mais atende às características que definem esse tipo de corpo celeste.

Segundo os autores do estudo, a existência do "Planeta Nove" ajudaria a explicar uma série de fenômenos misteriosos que ocorrem com um conjunto de objetos congelados e destroços localizados além de Netuno, conhecido como Cinturão de Kuiper.

"A princípio, estávamos céticos de que este planeta poderia existir, mas continuamos a investigar sua órbita e o que isso significaria para a periferia do Sistema Solar e ficamos cada vez mais convencidos de que ele existe", diz Batygin, coautor do estudo.

"Pela primeira vez em mais de 150 anos, há evidências sólidas de que o censo planetário do Sistema Solar está incompleto."

Órbita do 'Planeta Nove' (em laranja) parece ser, segundo as pesquisas, estranhamente alongada para este tipo de corpo celeste

Origem

Cientistas acreditam há tempos que o Sistema Solar começou com quatro núcleos planetários que captaram todo o gás que havia em torno deles e, assim, formaram os quatro planetas gasosos - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Ao longo do tempo, colisões e emissões os moldaram e os levaram até a posição em que eles se encontram hoje. "Mas não há por que não pensarmos que houve cinco núcleos em vez de quatro", diz Brown.

O "Planeta Nove" poderia ser esse quinto núcleo e, ao se aproximar demais de Júpiter ou Saturno, ter sido ejetado para sua órbita distante e excêntrica. Agora, os cientistas continuarão a aprimorar suas simulações e a estudar o "Planeta Nove" e sua influência na periferia do Sistema Solar. Também já começaram a buscar por sinais dele no céu, já que apenas sua órbita é conhecida, mas não sua localização exata.
"Adoraria encontrá-lo", diz Brown. "Mas também ficaria feliz se outra pessoa o encontrasse. É por isso que estamos publicando este estudo. Esperamos que pessoas se inspirem e comecem a buscá-lo."

Fonte: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/01/160119_descoberta_nono_planeta_rb

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Imagens de Plutão

Nasa divulga primeiras
imagens de Plutão

Planeta anão é coberto por montanhas de gelo com altitudes superiores a 3,5 mil metros. Fotografias revelam mancha em forma de coração na sua superfície. Lua Caronte surpreende cientistas.

A Nasa divulgou nesta quarta-feira (15/07) as primeiras imagens de Plutão feitas pela sonda não tripulada New Horizons. As fotografias de alta resolução revelaram montanhas de gelo na superfície do planeta anão.

"A missão teve nove anos para criar expectativas sobre o que veríamos com a aproximação de Plutão e Caronte. Hoje, nós recebemos as primeiras amostras de tesouros científicos coletados durante momentos decisivos. E, eu posso dizer, elas superaram dramaticamente aquelas expectativas", afirmou o diretor associado da Nasa John Grunsfeld.

As imagens da região próxima a base do coração visto na superfície de Plutão revelaram uma cordilheira com picos que ultrapassam 3,5 mil metros de altitude. "A New Horizons já está enviando resultados incríveis. Os dados são absolutamente maravilhosos", afirmou o principal pesquisador da missão Alan Stern.

Imagens de alta definição mostram montanhas na superfície de Plutão

Pelas fotografias, estima-se que o planeta anão surgiu há cerca de, no máximo, 100 milhões de anos, sendo, assim, um dos mais jovens no sistema solar de 4,56 bilhões de anos. Dessa maneira, os cientistas acreditam que Plutão pode ainda ser ativo geologicamente.

Diferentemente de suas luas de gelo, Plutão não pode ser aquecido por interações gravitacionais com um corpo planetário maior, por isso, os cientistas acreditam que sua formação montanhosa deve ter sido ocasionada por outro processo.

Já as nítidas imagens da maior lua do planeta anão, Caronte, mostraram um terreno jovem e variado. Os pesquisadores se surpreenderam com a aparente falta de crateras. As fotografias também revelaram um cânion de cerca de sete a nove quilômetros de profundidade.

Superfície de lua Caronte é jovem e variada

Dados espectroscópicos apontaram ainda a presença abundante de metano congelado na superfície de gelo de Plutão. A concentração desse hidrocarboneto, no entanto, varia bastante entre as regiões.

Missão New Horizons
A sonda não tripulada New Horizons, da Nasa, alcançou o ponto mais próximo de Plutão, a 12.500 quilômetros do planeta anão, na terça-feira, depois de quase uma década de viagem. Esse é o destino final da turnê planetária pelo sistema solar da Nasa, que começou há 50 anos, na época do presidente John Kennedy.
A viagem da New Horizons iniciou-se no começo de 2006, quando Plutão ainda era classificado como um planeta. Meses depois foi rebaixado para planeta anão. A sonda já percorreu mais de 4,88 bilhões de quilômetros.

Fotografias mostram Plutão e sua lua Caronte

A New Horizons é a primeira sonda a passar por Plutão, e seus sete instrumentos científicos visam revelar detalhes da superfície, da temperatura, da geologia e da atmosfera do corpo celeste e de suas cinco luas, incluindo a maior delas, Caronte.

Pouco maior que um piano, New Horizons é a nave mais rápida já construída. Atualmente se desloca a uma velocidade de 49.570 quilômetros por hora. Ela é a primeira sonda a visitar um planeta inexplorado desde as missões Voyager da Nasa, lançadas na década de 1970.

A New Horizons mostrou também, segundo os cientistas, que o planeta anão é entre 20 a 30 quilômetros maior do que se pensava anteriormente, com um raio de 1.185 quilômetros.

Fonte: http://www.dw.com/pt/nasa-divulga-primeiras-imagens-de-plut%C3%A3o/a-18586465

sexta-feira, 20 de março de 2015

Superlua, eclipse total do Sol e equinócio de outono

Coincidência raríssima de três eventos astronômicos ocorre hoje

Superlua, eclipse total do Sol e equinócio de outono vão acontecer todos ao mesmo tempo nesta sexta-feira (20)

A última vez em que pudemos observar um eclipse solar total foi em novembro de 2013. O fenômeno acontece quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, bloqueando momentaneamente a passagem da luz. Nesta sexta-feira (20/3), alguns poucos lugares do mundo vão poder admirar o evento em sua totalidade. Mas o mais curioso é que outros dois acontecimentos astronômicos estão marcados para a mesma data: o equinócio de outono, momento do ano em que o dia e a noite têm a mesma quantidade de horas, e o perigeu lunar, ponto em que a órbita da Lua está mais próxima da superfície terrestre, causando as chamadas superluas.

Não que um fenômeno influencie os outros consideravelmente, mas coincidências celestes são sempre interessantes. Segundo o The Independent , as próximas vezes que um eclipse solar ocorrerá ao mesmo tempo em que um equinócio serão em 2053 e 2072.

Eclipse solar 

Na sexta-feira pela manhã, a enorme sombra em formato elíptico da Lua, que terá 463 quilômetros de comprimento por 150 quilômetros de largura, começará a ser projetada no Atlântico Norte, um pouco ao sul da Groenlândia. Ela vai seguir uma trajetória semelhante a um semicírculo, passando entre a Islândia e o Reino Unido e depois seguindo até o Polo Norte. No caminho, ela encobrirá as ilhas dinamarquesas Faroé e, em seguida, o arquipélago de Svalbard, que pertence à Noruega.

São as únicas povoações humanas que poderão ver 100% do eclipse. No entanto, outras localidades próximas também vão estar em condições favoráveis, sobretudo os países britânicos e nórdicos. Na Europa, em geral, será possível ver de 50 a 99% do diâmetro do Sol eclipsado, de acordo com a cidade. Esta tabela mostra dados detalhados, como horário e magnitude, para cada lugar. O norte da África e alguns locais da Ásia e Atlântico também poderão ver um pouco do evento (confira a tabela).

Apesar de não estarem na rota da sombra, os brasileiros ainda podem apreciar o eclipse através desta transmissão do site Slooh. Se você estiver em alguma área contemplada, lembre-se: nunca olhe para o Sol sem equipamentos de proteção! Isso pode causar danos permanentes à visão.


Superlua
 A órbita da Lua não é perfeitamente circular, por isso existe um ponto em que o astro fica consideravelmente mais próximo da Terra – fazendo com que pareça bem maior no céu. Quando o perigeu lunar coincide com a lua cheia, ocorrem as superluas, um evento muito bonito de se observar a olho nu. Infelizmente, no perigeu desta sexta-feira (20), o terceiro do ano, a Lua estará em fase nova, portanto não será visível. Ele ocorrerá 13,5 horas antes do eclipse, e a proximidade do satélite natural promete influenciar, de certa maneira, as dimensões da sombra projetada.

Equinócio de outono 
 Os equinócios e solstícios são conhecidos desde a Antiguidade e sempre foram celebrados por diversas culturas. Eles estão relacionados com o eixo da Terra: durante o equinócio de outono (ou de primavera, no Hemisfério Norte) a Terra recebe os raios do sol perfeitamente perpendiculares à superfície. Por este motivo, nesta sexta-feira, o dia e a noite terão a mesma quantidade de horas. Depois do evento, os dias começam a ficar mais curtos aqui no Hemisfério Sul, conforme vamos caminhando para o inverno, e mais longos no Hemisfério Norte, que se aproxima do verão.

Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2015/03/coincidencia-rarissima-de-tres-eventos-astronomicos-ocorre-amanha.html


terça-feira, 17 de março de 2015

Água no satélite Ganímedes de Júpiter

Satélite Ganímedes

 Cientistas que utilizam o Telescópio Espacial Hubble confirmaram que o satélite Ganímedes, na órbita de Júpiter, possui um oceano por baixo de uma crosta superficial de gelo, elevando a probabilidade da presença de vida, afirmou a NASA.

A descoberta resolve um mistério relacionado ao maior satélite natural do Sistema Solar após a nave Galileo, já aposentada, ter fornecido pistas sobre a existência de um oceano abaixo da superfície de Ganímedes enquanto cumpria uma missão exploratória ao redor de Júpiter e de seus satélites, entre 1995 e 2003.

Assim como a Terra, Ganímedes possui um núcleo de ferro fundido que gera um campo magnético, embora o campo magnético de Ganímedes seja misturado ao campo magnético de Júpiter. Isso dá origem a uma interessante dinâmica visual, com a formação de duas faixas de auroras brilhantes nos pólos norte e sul de Ganímedes.

O campo magnético de Júpiter se altera com sua rotação, agitando as auroras de Ganímedes. Cientistas mediram tais movimentos e descobriram que os efeitos visuais se mostravam mais restritos do que deveriam.

Usando modelos gerados por computador, eles chegaram à conclusão que um oceano salgado, capaz de conduzir eletricidade abaixo da superfície do satélite se contrapunha à atração magnética de Júpiter.

"Júpiter é como um farol cujo campo magnético muda conforme a sua rotação. Isso influencia a aurora", explicou o geofísico Joachim Saur, da Universidade de Colônia, na Alemanha. "Com o oceano, a agitação fica significativamente reduzida."

Os cientistas testaram mais de 100 modelos simulados em computador para observar se qualquer outro elemento poderia ter impacto sobre a aurora de Ganímedes. Eles também reprocessaram sete horas de observações ultravioletas do telescópio Hubble e analisaram dados sobre ambos os cinturões de aurora do satélite.

O diretor da Divisão de Ciência Planetária da NASA, Jim Green, classificou a descoberta como "uma demonstração surpreendente".

"Eles desenvolveram uma nova abordagem para observar a parte interna de um corpo planetário com um telescópio", disse Green.

Ganímedes se junta agora a uma crescente lista de satélites localizados nas regiões mais afastadas do sistema solar que possuem uma camada de água abaixo da superfície.

Recentemente, cientistas disseram que o satélite de Saturno, Encélado, possui correntes quentes de água abaixo de sua superfície gélida. Entre outros corpos ricos em água estão Europa e Callisto, também satélites naturais de Júpiter.

Fonte: http://resenha-on.blogspot.com.br/2015/03/nasa-confirma-oceano-em-satelite-de.html




segunda-feira, 2 de março de 2015

Buraco negro 12 bilhões de vezes maior que o Sol

Buraco negro 12 bilhões de vezes
maior que o Sol intriga cientistas

Existência de buraco negro muito maior que o Sol provoca dúvidas em cientistas
Astrônomos dizem ter descoberto um gigantesco buraco negro 12 bilhões de vezes maior que o Sol, mas seu tamanho desafia as teorias sobre como esses fenômenos cósmicos se expandem.

Segundo os cientistas, o novo buracro negro foi nomeado SDSS J0100+2802 se formou 900 milhões de anos após o "Big Bang", que teria dado origem ao universo.

Radiação energética
O extraordinário objeto se encontra no centro de um quasar, uma estrutura celeste que gera uma radiação energética um bilhão de vezes mais forte que o Sol.
O problema é que os astrônomos não conseguem explicar como um buraco negro desse tamanho se formou tão cedo na história cósmica, pouco depois do nascimento das estrelas e das galáxias.
A descoberta foi feita por uma equipe internacional de cientistas da Universidade de Pequim, da China, do Instituto Carnegie, dos Estados Unidos, e da Universidade Nacional da Austrália.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/02/150227_buraco_negro_lk?ocid=socialflow_facebook

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Motor que poderá nos levar a Marte

Motor que poderá nos levar a Marte
em apenas 42 horas é testado com sucesso

O respeitado cientista russo Vladímir Leónov realizou um teste de sucesso de um motor quântico experimental revolucionário, cujas características técnicas são muito superiores aos atuais propulsores de foguetes. Autor da teoria da superunificação, o cientista revelou seu propulsor quântico inovador de decolagem vertical, de apenas 54 kg de peso, que alcançou um impulso de 500 a 700 quilogramas-força, utilizando 1 kW de potência.

“O veículo decola verticalmente por meio de barras-guias, com uma aceleração de 10 a 12G. Esses testes são uma prova convincente de que a gravidade foi conquistada de forma experimental, provando a teoria da superunificação”, afirmou o especialista russo. Trata-se de uma façanha, se considerarmos que os propulsores modernos de foguetes chegam a um impulso de somente 0,1 quilogramas-força, usando uma potência de 1 kW. Isso significa que são 5 mil vezes inferiores ao motor quântico experimental, que é capaz de propulsionar uma nave espacial a 1000 km/s, contra os 18 km/s dos foguetes atuais.

“Um veículo dotado de um propulsor quântico poderia levar 42 horas para chegar a Marte e apenas 3,6 horas para alcançar a Lua”, ressaltou o cientista. Vladímir Leónov é conhecido por refutar a existência do bóson de Higgs e introduzir a noção de quantum do espaço-tempo.

Fonte: http://resenha-on.blogspot.com.br/2015/02/motor-que-podera-nos-levar-marte-em.html

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Gás metano em Marte

Robô Curiosity detecta emissão de gás metano em Marte
Origem do gás no planeta vermelho ainda é desconhecida.
Na Terra, o metano pode ser produzido por organismos vivos.
16/dezembro/2014

O robô americano Curiosity, que explora Marte, detectou picos de emissões de metano no planeta, disseram nesta terça-feira (16) os cientistas da missão. Eles não conseguiram ainda, no entanto, identificar a origem deste gás, que na Terra é gerado por organismos vivos e decomposição de matéria orgânica.

O gás "registra picos de aumento de 10 vezes, ou até mais em determinadas ocasiões ao longo de 60 dias marcianos", informaram os autores do estudo, entre eles Christ Webster, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa. "Esse aumento temporário -- que sobe rápido e depois cai -- nos diz que deve haver alguma fonte relativamente localizada", disse em nota o pesquisador Sushil Atreya, da Universidade de Michigan. "Há muitas fontes possíveis, biológicas e não-biológicas, como a interação de água com rochas", completou.

Os resultados das observações foram publicados na edição de segunda-feira da revista "Science" e, segundo informou a agência AFP, foram objeto de uma apresentação na conferência anual do sindicato de geofísicos americanos, reunidos em San Francisco.

O Curiosity também detectou diferentes moléculas orgânicas no pó de uma rocha denominada Cumberland que foi perfurada pelo robô. Foi a primeira detecção definitiva de partículas orgânica 
em materiais da superfície de Marte. Essas moléculas orgânicas marcianas podem ter se formado em Marte ou ter chegado ali em meteoros.

As moléculas orgânicas, que contêm carbono e hidrogênio, são os "blocos de construção" da vida,embora possam existir sem a presença de vida. A própria nasa destaca que as análises de amostras de atmosfera e de pó de rocha apresentadas não revelam se Marte já abrigou seres vivos em algum momento. "Mas elas jogam luz sobre um planeta Marte moderno quimicamente ativo e em condições favoráveis para a vida no planeta no passado", diz a agência espacial americana.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/12/nasa-detecta-emissao-de-metano-em-marte.html